LeoCristian por aqui mais uma vez com o nosso segundo MetaHistória!
Caso você ainda não conheça, nessa série falaremos dos diversos metas de YuGiOh, demonstrando a evolução do jogo e mostrando cultura pra esse povo. Caso queira dar uma olhada no primeiro MetaHistória (Beatdown) clique AQUI!
Zoeira, tá AQUI.
Hoje falaremos do segundo ano de TCG, do primeiro campeonato mundial e de um meta bastante complexo. Hoje falaremos de Hand Control!
Tranquilidade no olhar de quem foi responsável por diversos Rage Quits |
Ocorrido em Agosto, na cidade de Nova York, o campeonato reuniu 18 jogadores de diversos lugares do mundo na Madison Square Garden, um complexo que recebe diversos eventos esportivos, shows e apresentações, conhecido inclusive por ter sido palco do show de comemoração de 30 anos do cantor Michael Jackson em 2001.
Contexto Geral
Diferente do meta anterior, o ano de 2003 já começa a trazer uma complexidade ao TCG. O jogo deixa de ser um "dá que eu te dou outra"
Junho 2003 - O lançamento do Yata-Garasu
O imenso poder do Hand Control consiste em fazer o oponente descartar sua mão, acabando com a possibilidade dele possuir algumas cartas que possam virar o jogo, como Raigeki e Monster Reborn, e garantindo que seu próximo turno dependa da compra. Entretanto, apesar de dar uma imensa vantagem, apenas isso não era suficiente, uma vez que a Draw poderia ser alguma dessas cartas acima citadas. Essa dinâmica mudou com o lançamento da Legacy of Darkness, que introduziu os monstros Spirit no TCG, bem como cartas com grande potencial, como Fiber Jar e Injection Fairy Lily.
Entretanto essa coleção de boosters ficou conhecida pelo lançamento do monstro ás para o Hand Control, Yata-Garasu. Assim que foi lançado, os jogadores perceberam o poderoso combo permitido pelo Yata, o famoso Yata-Lock, que consistia em limpar a mão e campo do oponente e invocar o corvo infernal. Yata possui o efeito de pular a Draw Phase do oponente quando causa dano, 200 de ataque (imune a trap hole) e é um monstro spirit. Logo, uma vez que as primeiras condições do combo estavam satisfeitas, um ataque com o Yata garantia a vitória.
Para limpar a mão do oponente era utilizado principalmente o trio de cartas lançadas na Spell Ruler em 2002, Delinquent Duo, Forceful Sentry e Confiscation, sendo as duas primeiras presentes em diversos decks da época, mesmo que não fossem de Hand Control. Outras cartas utilizadas no deck que permitiam aumentar a possibilidade de descarte foram Don Zaloog e Spirit Reaper, que foram lançadas no set Pharaonic Guardian. Ambas descartavam cartas do oponente ao causar dano e além disso possuíam efeitos adicionais bem úteis, Zaloog poderia, ao invés de descartar da mão, enviar 2 cartas do topo do deck do oponente, útil quando o oponente não possuísse nenhuma na mão, e Reaper não poderia ser destruído por batalha, resistindo a decks de Beatdown, que focavam em destruição. Maga da Fé continuou sendo usada, como maneira de reciclar o trio-limpa-mão. Outra carta interessante utilizada foi Drop Off, que de certa maneira simulava o efeito do Yata, pois descartava a carta comprada pelo oponente na draw phase, podendo dar uma estabilidade e consistência maior aos decks. Drop Off não era uma carta presente em todos decks de Hand Control, mas foi utilizada na decklist de diversos duelistas de alto nível mundial.
C O N S I S T Ê N C I A
O Hand Control foi meta pois inovou ao confiar em algo que o tornava consistente, o uso indiscriminado de Floaters. Pra quem não sabe, Floater é a denominação daqueles monstros que ao irem para o cemitério trazem outro monstro, como Mãe Ursa, Cyr e Graph dos B.A., entre outros. A maioria dos decks na época já utilizavam Sangan e Bruxa da Floresta Negra, e o Hand Control não foi exceção, mas esse novo estilo de deck inovou ao acrescentar mais um floater, Mystic Tomato. O tomatinho podia buscar dois dos principais monstros do deck ao ser destruído por batalha e enviado para o cemitério, Don Zaloog e Reaper, deixando Sangan e Bruxa da Floresta responsáveis pela busca do Yata. Graças a sinergia dos floaters o Hand Control podia praticamente fazer o que quisesse quando quisesse
Também foi nessa época que os decks passaram majoritariamente a utilizar 2 ou 3 cópias do
A utilização dessas cartas que permitiam buscar peças de combo foram de suma importância pra tornar o Hand Control difundido nos grandes campeonatos, pois sua consistência garantia que os jogadores teriam maiores chances de rodar o deck em uma partida, diminuindo a dependência da sorte, já que os decks seriam utilizados em inúmeros rounds consecutivos.
Agosto 2003 - O Mundial
Diferentemente do post anterior
Terceiro Lugar: Mike Rosenberg - Estados Unidos
Mike fez algumas escolhas únicas em seu deck, como Nimble Momonga para garantir presença de campo, Spear Dragon para atacante, e um Guardian Sphinx, que era um monstro muito forte e útil.
Esse deck surpreende mais pela falta de cartas do que sua presença. Especialmente Mystic Tomato.
Segundo Lugar: Shigeki Kitamura - Japão
Kitamura conseguiu vencer o primeiro jogo da final graças a Bazoo the Soul Eater, um batedor que podia chegar a 2200 banindo monstros do grave.
Outras coisas surpreendentes usadas pelo competidor japonês foram Scapegoat, duas Tributo Torrencial no main e Cannon Soldier em seu side.
Primeiro Lugar: Ng Yu Leung - Hong Kong
Campeão Do Mundial: Ng Yu Leung |
Além disso, é importante perceber a utilização inteligente do side, com 3 Eletric Snake (quando descartada por um efeito do oponente você compra 2 cartas), 3 Tributo Torrencial e 3 Book of Moon, que podiam parar os decks de grande parte dos oponentes.
Bem Butequistas, por hoje é isso!
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