quarta-feira, 26 de abril de 2017

[Pokémon] VGC 2017 - Análise Gabriel Agati

Iae butequistas, tudo sussa?

LeoCristian por aqui mais uma vez e hoje começam as análises do VGC 2017!

Serão três posts, falando um pouco das performances e dos pokémon utilizados pelos três primeiros colocados da categoria Master do Video Game Championship de Pokémon da América Latina.


Video Game Championship?

Bem, primeiramente eu vou dar uma pincelada pra quem não tem ideia do que eu to falando.

O VGC é um torneio, sancionado pela Pokémon Company, em parceria com a Nintendo, Game Freak e, aqui no Brasil, Copag. Esse campeonato ocorre primeiramente em diversas partes do mundo, levando os jogadores que conseguem melhores colocações ao mundial. Esse ano pela primeira vez o Brasil recebeu o evento, denominado de Latin America Championship, sediado em São Paulo, e diversos jogadores do mundo inteiro vieram participar. Além disso, o VGC ocorre ao mesmo tempo que o TCG tournament, que é o mundial de Pokémon TCG.

As batalhas do torneio são em duplas, quatro pokémon para cada competidor escolhidos em um time de seis pokémon registrados para a competição. Muitas vezes a análise do oponente e a escolha de quais quatro serão utilizados na partida é de suma importância, levando a uma vitória ou derrota quase iminente. O vencedor é definido em uma melhor de três.

Ah, eu falarei por aqui apenas da categoria Master (15 ou mais anos), por ser a que mais chama atenção normalmente, pela maior consistência das estratégias e maior participação de jogadores, mas é importante frisar que ela não é a única categoria existente. Além dela possuímos a Sênior (11 a 14) e a Júnior (10 ou menos).

Gabriel Agati

Gabriel Agati é atualmente o brasileiro com melhor colocação em um campeonato oficial de jogos Pokémon, tendo obtido a terceira colocação. Jogando em casa, com um time totalmente único, um meta-call bem feito e estratégias que evitavam correr qualquer tipo de risco, o cara conseguiu superar diversos oponentes e fazer partidas impressionantes. Seu time foi nomeado de Agati Stall, pela maneira que controlava o terreno e o clima mantendo um bom domínio de jogo.

Gabriel enfrentou Felipe Ide, seu amigo e parceiro de treinamento, na primeira fase do campeonato, derrotando-o graças a seu impressionante uso do Arcanine, subiu para o top 8 e derrotou o competidor William Tansley com domínio de terreno do Tapu Bulu e clima do Politoed. Na Semi-Final acabou sendo derrotado por Javier Señorena, justamente graças à característica que o levou até aquele ponto do campeonato: Jogar sempre seguro.

A mais impressionante jogada de Agati, que surpreendeu a todos pela visão de jogo e interesse no Late-Game foi utilizar o Will-O-Wisp do seu Arcanine no Porygon2, impedindo, em duas partidas decisivas, o oponente de envenená-lo com Toxic! Lembrando que o status Burn foi nerfado nessa geração, diminuindo menos vida que os jogos anteriores. O jogador utilizou as chamadas Super Berries, que curam 50% de vida quando atingido uma quantidade específica de HP, em 4 dos seus 6 pokémon.

Gabriel Agati conseguiu entrar no top 8 por ter finalizado a etapa eliminatória com 7 vitórias e 1 derrota.

Vamos dar uma olhada agora no time do jogador!

Salamence


Moves

Fly (Supersonic Skystrike)
Dragon Dance
Earthquake
Protect

O único pokémon realmente ofensivo do time, Salamence surpreendeu ao garantir a vitória no top 8 após o fim do tempo limite, quando foi anunciado a "morte súbita", ou seja, quem conseguisse a vantagem na quantidade de pokémon derrotados primeiro venceria. Salamence, que seria derrotado, utilizou protect e fly em sequência, desviando dos golpes de uma Tapu Fini e Kartana. No top 8, só apareceu esse Salamence.



Porygon2


Moves

Toxic
Recover
Ice Beam
Trick Room

Porygon2 é um dos pokémon mais tank de todos, graças a Eviolite. O Porygon2 de Agati realmente não tem muita coisa surpreendente, sendo altamente defensivo e segurando diversos turnos em campo. Gabriel costuma utilizá-lo em parceria com Arcanine, para ser queimado/imunizado contra Toxic (uma das suas maiores fraquezas) ou com outros pokémon lentos, podendo fazer bom uso do Trick Room.












Politoed


Moves

Scald
Protect

Politoed foi um pokémon mais útil por sua ability, Drizzle, do que pelos seus golpes. O fato de trazer chuva foi útil no campeonato pela grande quantidade de Arcanine presentes, aumentando a força do Scald, tirando Sol/Neve e mudando o decorrer de varias partidas. Além disso, protect é um movimento crucial em partidas de dupla, podendo causar double-miss do oponente e diminuindo dano dos z-moves. No top 8 Gabriel é o único a utilizar Politoed.








Muk


Moves

Gunk Shot
Knock Off
Protect

Alolan Muk foi um pokémon utilizado em 3 dos 8 times do top 8. Sua tipagem Venenoso/Noturno é impressionante, podendo ser imune a Tapu Lele, dar Knock Off com STAB em Porygon2 e outros tank, e, no caso específico desse competidor, Gunk Shot, que causa mais dano que Poison Jab, mas tem chance menor de acerto.






Tapu Bulu



Moves

Wood Hammer
Horn Leech
Leech Seed
Protect

Tapu Bulu foi um meta call perfeito de Agati. De acordo com o jogador, os outros Tapus tinham subido de usagem menos o Bulu, mas ele era bom contra os três. O Bumba-Meu-Boi também tem uma importante função no time, dando Grassy Terrain graças a sua habilidade, que cura um pouco todos pokémon no campo, além de ter um status de ataque impressionante. Bulu foi um dos pivôs da boa performance do competidor, por surpreender constantemente os oponentes com ataques altamente danosos.









Arcanine

Moves

Flare Blitz
Snarl
Morning Sun
Will-O-Wisp

Arcanine foi o meta mais utilizado no top 8, estando presente em 6 dos 8 times. Apesar de ter um bom potencial ofensivo, o fato de possuir intimidate torna o cão um ótimo adendo ao time de Stall. No caso desse Arcanine, seu potencial defensivo estava no máximo, permitindo-o ficar em jogo durante partidas inteiras graças ao Morning Sun e Snarl. Uma build impressionante de Agati, que rendeu diversas surpresas durante o campeonato.




Bem, pra finalizar, fica aqui o nosso parabéns ao jogador Gabriel Agati pelo terceiro lugar e por representar tão bem os Br num torneio importante desse, continue assim!

Por hoje é isso butequistas!

Caso tenham alguma crítica, sugestão, xingamento, elogio ou queiram simplesmente bater um papo, sintam-se a vontade para nos contatar ou comentar no post! A avaliação de vocês é muito importante para toda a equipe do Buteco!

Não se esqueçam de compartilhar esse post com seus amigos, inimigos, gato, arcanine e tapu! Espalhem a palavra companheiros de copo!

LeoCristian voltando ao seu banquinho perto do balcão, voltem as suas canecas de rum! o//



sexta-feira, 14 de abril de 2017

[Butelistas] 10 Monstros em Yu-Gi-Oh!

Iae butequistas, tudo sussa?

LeoCristian por aqui mais uma vez e hoje eu resolvi lançar uma nova série, o ButeListas!

Basicamente, aqui eu vou falar pra vocês 10 coisas que eu gosto de temas variados. Hoje, como já ia fazer um post sobre Yu-Gi-nhô eu tô fazendo o Butelistas de YGO pra já matar dois coelhos com uma cajadada!

Bem, na lista de hoje eu citarei meus 10 monstros preferidos. Lembrando que eu julgarei eles não apenas pelo efeito, mas também por design, experiencias pessoais, etc. Na verdade efeito é quase irrelevante.

Além disso, eu já vou adiantando que meu atributo preferido é Água, então muuuuitos monstros da lista serão desse tipo.

Bora pra lista?

#10 - Hippo Token



"Mas Leo, token não é monstro" Errado. Olha na página 3 do manual do duelista.

Eu e essa carta temos uma história legal, quando eu montei o meu primeiro deck Performapal Camarartista, como ainda não tinham muitas cartas lançadas (hoje tem 149591596 suportes), eu utilizava essa carta.

E toda vez que eu a ativava eu fazia uma dancinha.

Na época eu nem tinha as fichas de token deles, mas pela cara dos oponentes ao receber um Hippo Carnaval e perder o OTK ela precisa estar nessa lista.


#9 - Aquatriz Tetra



Tem como não amar essa coisa fofa batendo 5400 na sua cara?

Além disso, toda vez que eu invoco ele eu posso gritar "É TETRAAAAA", o que é muito legal (na minha cabeça, não sei pros oponentes).

Também tem o fato de que ele segura uma bengala, COM UMA BARBATANA. Que monstro foda.

#7 - Fofanimal Gato



No final de 2014 eu fui roubado. Levaram minha mochila com todas minhas cartas, além de outras coisas, e foi um período bem merda.

Nessa época Fofanimal era um deck recém lançado, barato e bonitinho. A maior parte dos meus amigos tinham cartas sobrando do deck, por serem comuns, e eu ganhei praticamente todas as cartas de presente deles. Sério seus viado, obrigado mesmo. <3

Eu amo de paixão todos os fofanimal, é um arquétipo muito especial pra mim e cheio de significado. Mas eu precisava selecionar um pra colocar na lista e o gato foi minha opção porque ele e o coelho foram as primeiras cartas que ganhei e que me fizeram voltar pro YuGiOh.

fofanimal vai virar meta

#7 - Soldado Pinguim


Impossível não colocar essa coisinha na lista. Eu amo Soldado Pinguim desde que comecei a jogar Yu-Gi-Oh, na época do Forbidden Memories de PS1 ainda. Ele usa uma ESPADINHA!

Soldier é um dos monstros mais troll de todos os tempos, e antes de todo mundo ter um Armades do seu arquétipo ele era também muito poderoso. Além disso, ninguém espera um Pinguim setado.


#6 - Rambalhota Camarartista


Eu amei o design dos pêndulo desde quando eles foram anunciados. E os camarartista ganharam meu coração porque tem nomes geniais com trocadilhos, designs lindíssimos e o Yuya no início do anime era um personagem do c@r@lh#. pena que estragaram a série depois

Rambalhota além de se encaixar em todos esses quesitos citados acima é simplesmente a segunda melhor tradução de nome de todos os tempos, eu A-M-O essa carta e os tradutores estão mega de parabéns por esse trabalho genial!

#5 - Levia-Dragão Daedalus


Após meu retorno ao Yu-Gi-Oh, em 2013, meu primeiro deck foi uma estrutura Fúria das Profundezas, cujo principal combo é Daedalus/Neo Daedalus. Foi amor a primeira vista.

Daedalus é um monstro com design impressionante, uma ferocidade que praticamente salta da carta e um efeito que já foi bem medonho. Impossível não amar essa carta.

#4 - Falcão Da Nevasca


TROLOLOLO LOLOLO LOLOLO YEYEYE

1500 de burn (ou seria Frost?) de graça. Esse cara era o Ás do meu deck de Água-Lock, saudades.

E olha essa arte véi, que demais essas formas afiadas das penas dele.

Vamos para o pódioooOOO RUFEM OS TAMBORES!!

#3 - Rãalmente Demais!


Lembra quando eu disse que Rãmbalhota era o segundo melhor nome de carta? Esse é o primeiro.

Rãalmente demais é linda, forte e elevou a posto de meta um dos decks que eu mais amo, Sapo. Impossível não amar essa coisinha.

#2 - Gagagigo


Quando eu comecei a jogar Yugi, ainda criança, eu percebi que esse cara estava presente em diversas cartas. Depois eu descobri que a história dele era contada através das cartas que ele aparece e era uma história legal pacas.

Desde então eu peguei amor pelo Gagagigo, bem como todas cartas que ele evolui/faz parte. Inclusive eu tenho uma coleção (ainda não completa) de cartas que tem o Gagagigo em sua arte ou outros momentos da vida dele, como Gigobyte, Gogiga Gagagigo, etc.

Gagagigo melhor anti-herói de todos os tempos.

#1 - Pescador Lendário


Quem me conhece já sabia que esse é o preferido antes de ler o post. Pescador Lendário é meu preferido desde a primeira vez que o vi em Duel Monsters. Ele é legal, bonitão, tem um design foda, um efeito genial (apesar de não ser bom) e uma história muito bonita no anime.

Além disso, o pescador recebeu uma "evolução", Pescador Lendário III, que é muito legal também. O paradeiro do Pescador Lendário II permanece um mistério até hoje, provavelmente está escondido nas profundezas do oceano... o/

Bem butequistas, por hoje é isso!

Gostaram desse formato? Tem sugestões para outras Butelistas? Querem me xingar, elogiar, dar opinião, falar qual seu monstro predileto, ou qualquer coisa do tipo? Comente aí pô! O feedback de vocês é muito importante para a equipe!

Além disso, não se esqueçam de compartilhar esse post com seus amigos, inimigos, gato, cachorro e pescador! Espalhem a palavra companheiros de copo!

LeoCristian voltando ao seu banquinho perto do balcão, voltem as suas canecas de rum!

quarta-feira, 12 de abril de 2017

[Papo de Buteco] Diversidade nas HQs, Bom ou Ruim?

Iae butequistas, tudo sussa?

LeoCristian por aqui mais uma vez para mais um post gelado e pronto pra consumo!

Bem, já tem um tempo que eu não faço um Papo de Buteco raiz, então, pra quem não se lembra, esse é o meu pokémon (8) um estilo de postagem que eu simplesmente falo o que quero, sem pesquisas, sem muita adição de informação, só expresso minha opinião sobre as coisas, no melhor estilo "conversa de bar".

Tem algum tempo que eu tenho visto em diversos outros blogs, canais e difusores de conteúdo ui falando bonito, discutindo a diversidade nos quadrinhos, e depois que eu fiz aquele post de análise de revistas encabeçadas por garotas (aqui) eu senti que precisava adentrar na treta também, Mas antes vou deixar algumas coisas bem claras.

Em primeiro lugar: Fã de quadrinho das antigas é um saco. Quase sempre pelo menos. Sabe aquele cara que não aceita mudança? Que quer ver os X-Men sempre com o Ciclope, a Liga da Justiça com Batman e Superman, o Homem-Aranha como Peter Parker? Aquele que acha que qualquer coisa nova deve ser feita em um "universo paralelo" ou que tem que ter data para expirar e voltar a ser como era antes?

Esses caras são um TERRÍVEL problema.

Em segundo lugar, eu estou ciente que a DC tem muitas boas revistas com personagens das "minorias" odeio esse termo, mas há um tempo atrás eu escolhi ler apenas Marvel. Apesar de eu dar uma olhada em algumas coisas da DC as vezes, não da pra ler tudo de ambas, é muito conteúdo. Então eu não farei aqui uma análise do "por que a diversidade da DC está sendo mais aceita que a da Marvel", até porque isso não passa de uma versão 2017 da tretinha entre fanboys das duas editoras. Passamos por isso há tempos, superem.

Aliás, Batwoman e Arlequina são minhas sugestões caso queira ver bons exemplos.

Bora pro papo.


Nos últimos anos a Marvel tomou uma decisão empresarial de incluir personagens femininas, negros e homossexuais em suas revistas. Na verdade isso vem ocorrendo desde os anos 2000, mas nessa década houve um aumento significativo de personagens que se incluem nesses padrões.

O problema é que, diferentemente da DC, a Marvel não se limitou a criar novas identidades e alter-egos para incluir esses grupos, mas também os colocou na "linha de frente", ou seja, nos títulos de maior peso e renome, causando um arranca rabo com os fãs de quadrinho das antigas.

Hoje em dia você abre um Capitão América e vê um negro brandindo o escudo, Homem de Ferro é garota, adolescente e negra e Thor é uma mulher. E esses são só alguns dos exemplos. Além disso a Marvel modificou significativamente alguns personagens, de certa forma ignorando o passado dos mesmos, os melhores exemplos disso são Bobby, tcc Homem de Gelo, que assumiu ser gay e Steve Rogers que não assumiu, mas é da Hidra.

Isso foi um tapa na cara de todos os leitores. Uma mudança tão radical que não parecia ser reversível, afetando os fãs de quadrinho das antigas profundamente.


Sabe caras, eu não faço parte de nenhum desses grupos. Mas eu entendo que a representatividade deles é muito importante. Como eu entendo isso? Bem, é simples.

Um dos meus mutantes favoritos é o Roberto da Costa, tcc Mancha Solar, e não é pelo poder dele, ou pelo design do personagem, nem nada disso. É porque ele é brasileiro. Tá certo que ele é uma grande pilha de esteriótipos brazukas com poderes mutantes, mas mesmo assim é muito bom ver um cara que nasceu aqui aparecendo por lá. Nos últimos anos, Roberto saiu do eixo mutante-esquecido, comprou a I.M.A. (é, ele é rico), montou e liderou uma equipe de Vingadores que inclui a Garota-Esquilo deusa suprema e agora é líder de uma equipe de Vingadores sancionada pelo governo estadunidense. Tá ligado o que é ver um hue-Br liderando uma equipe chamada U.S.A.vengers? É muito genial véi.

E eu acho que quando um negro vê o Capitão América lutando pelas suas causas, enfrentando o preconceito aos negros e aos latinos, ele deve sentir a mesma coisa. Ou um Luke Cage, sem máscaras ou trajes, protegendo seu bairro, sua família.

Uma mulher ver uma Thor que possui câncer e luta contra duas sociedades machistas e patriarcais diariamente, asgardiana e midgardiana, e vencendo deve ser ótimo. Bem como uma Capitã Marvel liderando uma tropa que protege a Terra inteira de ameaças inter-galáticas.

Um homossexual vendo o Homem de Gelo, um dos mutantes mais fortes de todos os tempos se assumir após décadas, e demonstrando a dificuldade que ele teve para entender e aceitar a si mesmo, caraca. E não me vem com essa ladainha de "ele nunca demonstrou ser homossexual" porque isso ocorre o tempo todo no dia a dia. "Sair do armário" não é fácil.

Então sim. A diversidade nas HQs é muito legal, e deve continuar sendo feita. Mudar é muito bom, desde que...


Não façam isso.

É o seguinte, a Marvel comics é uma editora de histórias em quadrinhos avá. O único trabalho deles é fazer histórias em quadrinhos. Então é de se esperar que essas histórias sejam no mínimo boas.

Eu parei de ler Cho-Hulk a partir da terceira edição da revista porque é uma das piores coisas que já li. Descaracterizaram o Amadeus Cho, conhecido por lidar com problemas de escala heroica apenas com inteligência, descaracterizaram o Hulk, que não possui mais fúria desmedida e descontrolada o tempo todo, tentaram fazer de tudo pros fãs acharem isso bom sem spoiler de Guerra Civil II, O Caído, quem leu sabe, mas vou dizer uma coisa, não é. Talvez hoje esse Hulk esteja bom, mas eu não pretendo gastar tempo lendo isso porque simplesmente foi uma tentativa falha e mal feita de mudança.

E isso não é de maneira alguma uma crítica por eu "não suportar ver um Hulk com traços orientais" ou por eu "não abraçar a mudança", é por ser uma revista ruim. Do mesmo jeito que o Hulk clássico teve histórias ruins, bem como qualquer outro personagem ou saga pode ser ruim. Morte do X por exemplo

E eu sou totalmente contra histórias ruins.

Então editores e roteiristas, façam coisas decentes, criem mais Ms Marvel, mais América, mais Homem-Aranha Miles. Mas, por favor, não tentem nos fazer consumir conteúdo ruim pelo simples motivo de "incluir minorias". Façam boas histórias, e só.


Os leitores de quadrinho sofrem com essa dicotomia de "tem que ter histórias novas" e "não toque no meu personagem" desde os primórdios.

Já passou da hora de aceitar as mudanças. Se forem histórias bem escritas e de qualidade, qual o problema do seu personagem mudar? Você não mudou? Pense sobre.

Bem butequistas por hoje é isso!

Caso tenham críticas, dúvidas, sugestões, xingamentos, elogios, fiquem a vontade para comentar! O feedback de vocês é muito importante pra nossa equipe!

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LeoCristian voltando ao seu banquinho perto do balcão, voltem as suas canecas de rum!

terça-feira, 4 de abril de 2017

[Yu-Gi-Oh] MetaHistória - Hand Control!

Iae Butequistas, tudo sussa?

LeoCristian por aqui mais uma vez com o nosso segundo MetaHistória!

Caso você ainda não conheça, nessa série falaremos dos diversos metas de YuGiOh, demonstrando a evolução do jogo e mostrando cultura pra esse povo. Caso queira dar uma olhada no primeiro MetaHistória (Beatdown) clique AQUI!

Zoeira, tá AQUI. baitados

Hoje falaremos do segundo ano de TCG, do primeiro campeonato mundial e de um meta bastante complexo. Hoje falaremos de Hand Control!

Tranquilidade no olhar de quem foi responsável por diversos Rage Quits
Vamos viajar hoje até 2003. Em meio ao sucesso/controvérsia do hit "Adoleta" de Kelly Key, o lançamento de Power Rangers - Tempestade Ninja e a captura do ditador Saddam Hussein, um evento de suma importância ocorreu nesse ano. O primeiro Campeonato Mundial de Yu-Gi-Oh.

Ocorrido em Agosto, na cidade de Nova York, o campeonato reuniu 18 jogadores de diversos lugares do mundo na Madison Square Garden, um complexo que recebe diversos eventos esportivos, shows e apresentações, conhecido inclusive por ter sido palco do show de comemoração de 30 anos do cantor Michael Jackson em 2001.

Contexto Geral

Diferente do meta anterior, o ano de 2003 já começa a trazer uma complexidade ao TCG. O jogo deixa de ser um "dá que eu te dou outra" referência a medida que novos fatores entram como determinantes para garantir a vitória. Isso se deve especialmente a rápida expansão do jogo, aumento da variedade de cartas e acesso a cartas poderosas, resultando em um formato muito mais focado na habilidade do jogador. O auge dessa expansão foi, sem dúvida, o campeonato mundial, que marcou a história do Yu-Gi-Oh pois abriu os horizontes de jogadores que anteriormente apenas lidavam com um meta local nas lojas de suas cidades.

Junho 2003 - O lançamento do Yata-Garasu

O imenso poder do Hand Control consiste em fazer o oponente descartar sua mão, acabando com a possibilidade dele possuir algumas cartas que possam virar o jogo, como Raigeki e Monster Reborn, e garantindo que seu próximo turno dependa da compra. Entretanto, apesar de dar uma imensa vantagem, apenas isso não era suficiente, uma vez que a Draw poderia ser alguma dessas cartas acima citadas. Essa dinâmica mudou com o lançamento da Legacy of Darkness, que introduziu os monstros Spirit no TCG, bem como cartas com grande potencial, como Fiber Jar e Injection Fairy Lily.

Entretanto essa coleção de boosters ficou conhecida pelo lançamento do monstro ás para o Hand Control, Yata-Garasu. Assim que foi lançado, os jogadores perceberam o poderoso combo permitido pelo Yata, o famoso Yata-Lock, que consistia em limpar a mão e campo do oponente e invocar o corvo infernal. Yata possui o efeito de pular a Draw Phase do oponente quando causa dano, 200 de ataque (imune a trap hole) e é um monstro spirit. Logo, uma vez que as primeiras condições do combo estavam satisfeitas, um ataque com o Yata garantia a vitória.

Para limpar a mão do oponente era utilizado principalmente o trio de cartas lançadas na Spell Ruler em 2002, Delinquent Duo, Forceful Sentry e Confiscation, sendo as duas primeiras presentes em diversos decks da época, mesmo que não fossem de Hand Control. Outras cartas utilizadas no deck que permitiam aumentar a possibilidade de descarte foram Don Zaloog Spirit Reaper, que foram lançadas no set Pharaonic Guardian. Ambas descartavam cartas do oponente ao causar dano e além disso possuíam efeitos adicionais bem úteis, Zaloog poderia, ao invés de descartar da mão, enviar 2 cartas do topo do deck do oponente, útil quando o oponente não possuísse nenhuma na mão, e Reaper não poderia ser destruído por batalha, resistindo a decks de Beatdown, que focavam em destruição. Maga da Fé continuou sendo usada, como maneira de reciclar o trio-limpa-mão. Outra carta interessante utilizada foi Drop Off, que de certa maneira simulava o efeito do Yata, pois descartava a carta comprada pelo oponente na draw phase, podendo dar uma estabilidade e consistência maior aos decks. Drop Off não era uma carta presente em todos decks de Hand Control, mas foi utilizada na decklist de diversos duelistas de alto nível mundial.


C O N S I S T Ê N C I A

O Hand Control foi meta pois inovou ao confiar em algo que o tornava consistente, o uso indiscriminado de Floaters. Pra quem não sabe, Floater é a denominação daqueles monstros que ao irem para o cemitério trazem outro monstro, como Mãe Ursa, Cyr e Graph dos B.A., entre outros. A maioria dos decks na época já utilizavam Sangan e Bruxa da Floresta Negra, e o Hand Control não foi exceção, mas esse novo estilo de deck inovou ao acrescentar mais um floater, Mystic Tomato. O tomatinho podia buscar dois dos principais monstros do deck ao ser destruído por batalha e enviado para o cemitério, Don Zaloog e Reaper, deixando Sangan e Bruxa da Floresta responsáveis pela busca do Yata. Graças a sinergia dos floaters o Hand Control podia praticamente fazer o que quisesse quando quisesse eu posso setar esse bicho ou posso atacar o seu com ele e me dar uma busca, você não sabe.

Também foi nessa época que os decks passaram majoritariamente a utilizar 2 ou 3 cópias do Mystical Space Typhoon Tufão, pois, em conjunto com a RIDÍCULA Mirage of Nightmare, você enchia sua mãe mão facilmente. Tufão também era obviamente utilizado para enfrentar as poderosas traps que jogavam na época, como Torrential Tribute e Ring of Destruction, e destruir a Nightmare do oponente.

A utilização dessas cartas que permitiam buscar peças de combo foram de suma importância pra tornar o Hand Control difundido nos grandes campeonatos, pois sua consistência garantia que os jogadores teriam maiores chances de rodar o deck em uma partida, diminuindo a dependência da sorte, já que os decks seriam utilizados em inúmeros rounds consecutivos.


Agosto 2003 - O Mundial

Diferentemente do post anterior nem tinha campeonatinho de esquina direito, Hand Control foi um meta que esteve presente em um mundial. Então eu consegui achar as decklists dos três primeiros colocados do torneio em NY, e resolvi colocar elas aqui no post pra vocês terem uma ideia.

Terceiro Lugar: Mike Rosenberg - Estados Unidos

Mike fez algumas escolhas únicas em seu deck, como Nimble Momonga para garantir presença de campo, Spear Dragon para atacante, e um Guardian Sphinx, que era um monstro muito forte e útil.

Esse deck surpreende mais pela falta de cartas do que sua presença. Especialmente Mystic Tomato.

Segundo Lugar: Shigeki Kitamura - Japão

Kitamura conseguiu vencer o primeiro jogo da final graças a Bazoo the Soul Eater, um batedor que podia chegar a 2200 banindo monstros do grave.

Outras coisas surpreendentes usadas pelo competidor japonês foram Scapegoat, duas Tributo Torrencial no main e Cannon Soldier em seu side.

Primeiro Lugar: Ng Yu Leung - Hong Kong
Campeão Do Mundial: Ng Yu Leung
Ng Yu Leung, o primeiro campeão mundial de Yu-Gi-Oh, conseguiu capturar o espírito do meta e surpreendeu ao utilizar 3 cópias de diversas cartas, algo que não era comum na época. O fato de ter utilizado um trio de Drop Off foi especialmente relevante na final.

Além disso, é importante perceber a utilização inteligente do side, com 3 Eletric Snake (quando descartada por um efeito do oponente você compra 2 cartas), 3 Tributo Torrencial e 3 Book of Moon, que podiam parar os decks de grande parte dos oponentes.



Bem Butequistas, por hoje é isso! ô post trabalhoso

Caso possuam críticas, sugestões, elogios, xingamentos, fique a vontade para comentar! O feedback de vocês é muito importante para toda a equipe!

Não se esqueçam de compartilhar esse post com seus amigos, inimigos, gato, cachorro e ancião do yuginhô! Espalhem a palavra companheiros de copo! o/

LeoCristian voltando ao seu banquinho perto do balcão, voltem as suas canecas de rum!